Domingos Sem Deus (inferno Provisório, Vol. 5), De Ruffato, Luiz. Editora Record, Capa Mole Em Português
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- Capa do livro: Mole
- Manual.
- Número de páginas: 112.
- ISBN: 8501075124.
Características principais
Título do livro | Domingos sem Deus (Inferno Provisório, Vol. 5) |
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Autor | Ruffato, Luiz |
Idioma | Português |
Editora do livro | Record |
Capa do livro | Mole |
Outras características
Quantidade de páginas: 112
Tipo de narração: Manual
ISBN: 8501075124
Descrição
Com "Domingos sem Deus", a última parte da pentalogia "Inferno Provisório", Luiz Ruffato conclui o ambicioso projeto de reflexão literária sobre a formação e evolução do proletariado brasileiro desde a década de 1950 até o início do século 21. Reconhecido com importantes prêmios da literatura na América Latina e detentor de uma arquitetura literária refinada, que o posiciona como um dos melhores autores de sua geração, Ruffato continua a saga de uma comunidade de imigrantes italianos e seus descendentes no interior de Minas Gerais. Através das pequenas e miseráveis vidas de seus personagens — os invisíveis, os desafortunados, os desterrados, os esquecidos —, a série, que começou com "Mamma, son tanto Felice" (2005), "O mundo inimigo" (2005), "Vista parcial da noite" (2006) e "O livro das impossibilidades" (2008), oferece um panorama das transformações ocorridas no país nas últimas décadas. Como os volumes anteriores, "Domingos sem Deus" é composto de histórias autônomas que juntas formam um mosaico. "Cada história está permeada por outras histórias e a história do Brasil está presente como atmosfera", explica o escritor.
Desde "O Livro das Impossibilidades", já nos deparamos com seus personagens longe de Cataguases ou de outras cidades vizinhas: muitas viagens em busca de escapar daquele pedaço do Brasil "parado no tempo" e "sem perspectivas". Agora são revelados alguns destinos pessoais, que parecem emblemáticos na diversidade da migração impulsionada pela esperança de dias melhores. São vidas que enfrentam a dura realidade de partidas, trabalhos precários, famílias constituídas com dificuldade e retornos. Narrativas de solidão, amores, traições, filhos indesejados, trabalho incessante e algumas vitórias. Por meio de flashbacks e recordações, o leitor de "Inferno Provisório" reencontra o Beco de Zé Pinto, o Rio Pomba e a teia de personagens do universo que Ruffato vem construindo ao longo do tempo. "Domingos sem Deus" traz a introdução de personagens já situados na classe média que, surpresos, interagem com o proletariado. "O objetivo dos meus personagens sempre foi melhorar de vida. Eles sempre quiseram comer bem, morar bem, consumir. Eles sempre quiseram ser parte do mundo capitalista. Por isso, não há, da minha parte, nenhuma idealização da miséria. A pobreza é terrível, não tem nada de romântico. A luta foi e é pela melhoria das condições de vida", afirma Ruffato, que antes de se tornar jornalista e escritor, teve experiências como vendedor ambulante, atendente de bar, balconista de armarinho, operário têxtil e torneiro-mecânico. E assim, nesse cenário difícil, tão próximo e ao mesmo tempo tão distante de todos nós, Ruffato conclui esse retrato comovente do proletariado brasileiro, que parecia ser um débito da literatura nacional.