Cinema E Psicanálise - Volume 8 - Vol. 8: A Tela Do Feminino Ao Feminismo, De Rodrigues, Ana Lucília. Editora Nversos, Capa Mole Em Português
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- Capa do livro: Mole
- Manual.
- Número de páginas: 128.
- ISBN: 8554862252.
Características principais
Título do livro | CINEMA E PSICANÁLISE - VOLUME 8 - VOL. 8 |
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Subtítulo do livro | A tela do feminino ao feminismo |
Autor | Rodrigues, Ana Lucília |
Idioma | Português |
Editora do livro | nVersos |
Capa do livro | Mole |
Outras características
Quantidade de páginas: 128
Tipo de narração: Manual
ISBN: 8554862252
Descrição
O tema feminino/feminismo desta coletânea relança a discussão acerca do feminino, que por não poder ser reduzido a uma totalidade oniabrangente, não reúne as mulheres. Subjaz à discussão o aforismo polêmico de Jacques Lacan, “A mulher não existe”. Não existe mulher como tal. Há muitas, e as mulheres são diferentes. As mulheres são diferentes, e essas diferenças é que contam. O mito do eterno feminino em que todas as mulheres são uma só impede de ver uma mulher e outra e outra. – Dinara Machado Guimarães, psicanalista, escritora e doutora em comunicação pela UFRJ.
O feminismo, tanto no cinema quanto de maneira geral, tem como ponto de partida textos “protofeministas”, como O segundo sexo, de Simone de Beauvoir, no qual se encontra a célebre reflexão de que “não se nasce mulher”, mas sim se exercita constantemente o “ser mulher”, para “tornar-se mulher”. As primeiras manifestações da onda feminista mostraram que o machismo cinematográfico, da mesma forma que o machismo do mundo real, é multiforme no que se refere à representação da mulher na grande tela, especialmente percebido pelos estereótipos “negativos” – virgens, putas, vamps, interesseiras, joguetes eróticos – que demonizavam ou transformavam as mulheres em objetos sexuais, alocadas no bordel de celuloide. A beleza do corpo feminino era empregada para interromper o andamento da narrativa, com close-ups dos quais emanava um poder mágico e erótico. Assim, o sujeito masculino era o condutor ativo da narrativa; e o feminino, um objeto passivo, uma mera passageira no mundo cinematográfico.
As teóricas feministas que se voltaram contra essa situação revisitaram a questão autoral, a partir de uma perspectiva feminista, na busca de uma linguagem cinematográfica capaz de expressar o “desejo feminino”, o que se materializou em produções de diretoras consagradas, como Agnès Varda, Naomi Kawase ou Chantal Akerman, entre outras que vão além da guerra dos sexos e das identidades de gênero. Ana Lucilia Rodrigues, psicanalista e mestre em psicologia clínica.