Busca De Gabrielle, Em: Seculos Xix E Xx - 1ªed.(2009), De Vavy Pacheco Borges. Editora Alameda, Capa Mole, Edição 1 Em Português, 2009
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- Ano de publicação: 2009
- Capa do livro: Mole
- Gênero: Biografias e memórias.
- Conto.
- Número de páginas: 235.
- Peso: 550g.
- ISBN: 09788598325835.
Características principais
Título do livro | BUSCA DE GABRIELLE, EM: SECULOS XIX E XX - 1ªED.(2009) |
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Autor | Vavy Pacheco Borges |
Idioma | Português |
Editora do livro | Alameda |
Edição do livro | 1 |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2009 |
Outras características
Quantidade de páginas: 235
Peso: 550 g
Gênero do livro: Biografia e autobiografia
Tipo de narração: Conto
ISBN: 09788598325835
Descrição
Encadernação: Brochura
Páginas: 235
Gênero: Biografias e Memórias
Formato: 21 x 23
Peso: 550 gramas
SINOPSE:
Uma história verdadeira, de romance, paixão e drama.
Muita gente tem uma tia-velha estranha, de quem se contam histórias na família; a tia Gabriela me parecia ser essa tia de meu marido, dita rica e excêntrica.
Sobre essa tia-avó escutei muitos casos desde que entrei para a família, no início dos anos 1970: teria sido casada com o dono da fábrica de cervejas Brahma de quem herdara inúmeras ações, fizera um testamento que legava sua fortuna internacional para fundar uma associação que não deixasse mais que os maridos mandassem em suas mulheres, seu segundo marido tentara assassiná-la e depois se suicidara e ela tentara assassinar um Primeiro Ministro francês.
Escrita com paixão e rigor, embalada em texto ágil e envolvente, Em busca de Gabrielle revela uma personagem complexa, cuja história foi a um só tempo romance, tragédia e drama. Gabrielle circulou pela sociedade carioca e paulistana, pela Europa, Estados Unidos e América do Sul, em vida movimentada na qual administrou como bem queria sua fortuna. Mas pagou preço alto pela independência.
Misto de história social e biografia, o resultado é um livro envolvente que se lê com a intensidade dos bons romances policiais.
Sobre o autor: Vavy Pacheco Borges é historiadora do Departamento de História da Unicamp. Publicou Getúlio Vargas e a oligarquia Paulista (Brasiliense, 1979), O que é História (Brasiliense, editado de 1980 a 2005), Tenentismo e Revolução Brasileira (Brasiliense, 1992).
Nenhum homem está morto até que tenha morrido o último homem que o conheceu. Essa frase de Jorge Luis Borges ajusta-se bem ao desafio de Vavy Pacheco Borges. No lugar de um homem, uma mulher, Gabrielle, lembrada não por uma conhecida sua, mas por uma historiadora experiente que não brinca em serviço.
Na trilha de Carlo Ginzburg, Vavy procurou por Gabrielle com o auxílio das grandes angulares e das visadas microscópicas. Pôs régua e compasso nas pistas e nos sinais inscritos nos materiais pesquisados: diários, correspondências, fotografias, testamentos, um processo de interdição... fontes que sustentam essa intrigante biografia.
Escrita com paixão e rigor, embalada em texto ágil e envolvente, Em busca de Gabrielle revela uma personagem complexa, cuja história foi a um só tempo romance, tragédia e drama. Gabrielle circulou pela sociedade carioca e paulistana, pela Europa, Estados Unidos e América do Sul, em vida movimentada na qual administrou como bem queria sua fortuna.
Mas pagou um preço alto pela independência. Muito rica, muito esquisita e, sobretudo, muito excêntrica, tal foi a imagem que selou o destino de seus bens e de sua memória - nas palavras da historiadora empenhada em estilhaçá-la.
Escapando das armadilhas dos processos que a interditaram e invalidaram seus testamentos, Vavy não se deixou aprisionar pelo diagnóstico atribuído e buscou por Gabrielle nos espaços sociais que deram sentido à sua vida. Recuperou as origens europeias, a adaptação familiar no Rio de Janeiro do século XIX, os dois casamentos, a intensa circulação pelo Velho e Novo Mundo, as adversidades sofridas, as batalhas jurídicas travadas.
Ao final, somos levados a refletir pelas certezas de dois visionários. "Ninguém é doido. Ou então, todos", segundo Guimarães Rosa. Invertida, a frase irradiou-se para públicos mais amplos na voz de Caetano Veloso: "de perto ninguém é normal". Visão ampla e detalhada, o saldo dessa conjunção no livro é poder olhar de perto e de longe os constrangimentos sociais e institucionais que recaíram sobre Gabrielle em sua busca para escapar da condição de excêntrica que lhe foi credita em vida e perpetuada após a morte.
Misto de história social e biografia, o resultado é um livro envolvente que se lê com intensidade dos bons romances policiais.
Heloísa Pontes
Antropologia - Pagu - Unicamp