A Idolatria Poética, De Medeiros, Sérgio. Editora Iluminuras, Capa Mole, Edição 1ª Edição - 2017 Em Português
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- Capa do livro: Mole
- Manual.
- Número de páginas: 64.
- ISBN: 8573215658.
Características principais
Título do livro | A idolatria poética |
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Autor | Medeiros, Sérgio |
Idioma | Português |
Editora do livro | ILUMINURAS |
Edição do livro | 1ª EDIÇÃO - 2017 |
Capa do livro | Mole |
Outras características
Quantidade de páginas: 64
Tipo de narração: Manual
ISBN: 8573215658
Descrição
A Idolatria Poética ou a febre de imagens" de Sérgio Medeiros expande um universo literário já vasto e multiforme, revelando a natureza em constante transformação do presente imediato. Medeiros, com sua inventividade frenética, abordagem radicalmente lúdica e singularidade inquestionável, invoca com finura, insistência e uma malícia divertida um panteão expansivo de ancestrais, formas e seres generativos, erguendo um totem a estes.
Conjurando este mundo a existir, um elenco de animistas, românticos, absurdistas e xamãs, cada um sozinho e em diálogo oblíquo, pronuncia com orgulho e alguma melancolia uma prática e perspectiva idólatras: a criação de objetos que são poemas-imagens nascidos de um olhar afiado e preciso sobre o ambiente e as fronteiras porosas entre ser e arte, entre entidades de diferentes ordens, entre palavra e mundo.
Medeiros navega livremente por um registro de formas expressivas — desde o manifesto vanguardista, o haiku e a poesia nonsense até a arte da performance e da instalação, da música indeterminada ocidental a cantos indígenas cosmogônicos. Adota a forma do "descrito", o poema em prosa densamente descritivo, dêitico, de comprimento variável, apresentado em suas coleções anteriores, "Alongamento" (2004) e "Sexo Vegetal" (2009), onde o descrito é chamado de "décor".
Os descritos registram um olhar geralmente desapegado, impessoal sobre o meio ambiente e seus variados elementos, inventariando e dramatizando a presença efêmera de seres de diversas ordens e suas interações: humano e não-humano, animal, vegetal, mineral, o abjeto e o majestoso. Os descritos revelam, por uma cadeia de inter-relações e metáforas, como essas entidades estão entrelaçadas em uma rede densa de existência compartilhada, identificadas com e posicionadas como elementos de um totem verbal, um texto ritualizado para o reencantamento do mundo.
Malcolm McNee
Smith College, Massachusetts