Museu De Tudo
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Características principais
Título do livro | Museu de tudo |
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Autor | Neto, João Cabral de Melo |
Idioma | Português |
Editora do livro | Alfaguara |
Edição do livro | 1ª EDIÇÃO - 2009 |
Capa do livro | Mole |
Marca | Alfaguara |
Outras características
Quantidade de páginas: 168
Tipo de narração: Manual
ISBN: 8560281665
Descrição
Museu de tudo impressiona pela variedade temática. Se as demais obras de Joo Cabral de Melo Neto so estruturadas em seus mínimos detalhes, esse livro traz uma coletânea mais livre, com poemas que falam de artistas plásticos e suas esculturas, escritores, cidades, viagens, futebol, amigos, aspirina - que o poeta sempre tomou contra uma dor de cabeça crônica -, ou que discutem o tempo e a funço da poesia, retomando questões que sempre lhe foram caras. Publicado em 1975, Museu de tudo é um livro que impressiona pela variedade temática. Em uma análise preliminar, foge ao estilo de Joo Cabral de Melo Neto: seus livros anteriores eram sempre pensados de uma forma integrada, coesa. Neste, por outro lado, o autor pernambucano seleciona oitenta poemas aparentemente díspares, alguns escritos tempos atrás, e os agrupa neste “museu”. “É depósito do que aí está,/ se fez sem risca ou risco”, escreve ele, nos versos que abrem o volume. Mas se Museu de tudo no segue uma estrutura rigorosa, se “(...) no chega ao vertebrado/ que deve entranhar qualquer livro”, isso no o torna uma obra menos complexa ou menos rigorosa. Nela, podemos ver o universo de Joo Cabral sendo trabalhado e retrabalhado, com novas imagens e abordagens para temas já consagrados, em um contínuo esforço na apuraço de seus versos. Em suas páginas, o poeta rende homenagem a amigos, como Vinicius de Moraes, Marques Rebelo e Manuel Bandeira, e a artistas admirados - Mondrian, Rilke e Proust - e suas obras. Mas outros motivos frequentes no universo cabralino aparecem entre os que falam do amor pelo futebol, da aspirina - que o poeta sempre tomou contra uma dor de cabeça crônica, de Pernambuco com suas casas-grandes e seus canaviais, de Sevilha e de sua passagem pela África como embaixador. Ou ainda discutem o tempo e a funço da poesia, retomando questões que sempre lhe foram caras. “É um inventário, um livro de acumulaço: paisagens, viagens, leituras, amizades, a ronda da morte, reflexões, quadros e pintores, futebol e dança”, escreve Lêdo Ivo. “Nele o poeta exibe a sua natural reduço a si mesmo, ao seu perfil inconfundível, à sua singularidade e aos seus limites.”