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Características principais

Título do livro
SOBRE O CONCEITO DE HISTÓRIA
Subtítulo do livro
EDIÇÃO CRÍTICA
Autor
Benjamin, Walter
Idioma
Português
Editora do livro
Alameda
Edição do livro
2020-09-11 00:00:00
Capa do livro
Mole
Marca
Alameda
Modelo
Modelo Padrão

Outras características

  • Quantidade de páginas: 208

  • Tipo de narração: Manual

  • ISBN: 9786586081503

Descrição

Oitenta anos depois da composição dessas teses impressiona a absoluta atualidade delas. A necessidade de se repaginar a história do ponto de vista dos vencidos é imperativa. Ela deve estar na base de qualquer projeto digno de um viver em comum que vise nos catapultar para fora desse nosso momento histórico de triunfo do neocolonialismo, do negacionismo da crise ambiental, da homofobia, da misoginia, do racismo, de fobia à política, à democracia e aos direitos humanos. Se revisionistas neofascistas estão galgando o poder hoje é porque também não soubemos nos aparelhar politicamente com uma história estruturada de modo forte o suficiente para resistir aos ataques negacionistas e memoricidas. O revisionismo fascista que quer glorificar ditaduras e torturadores exige uma resposta que se dá, antes de mais nada, no campo da guerra das imagens, para usar uma expressão do cineasta e videoartista Harun Farocki. Benjamin afirmou há oitenta anos que estávamos \perdendo essa batalha. Cabe a nós reverter este estado de coisas. Como lemos nas suas teses de 1940: “Articular o passado historicamente não significa conhecê-lo “como ele foi de fato”. Significa apoderar-se de uma recordação, tal como ela relampeja no instante de um perigo. Para o materialismo histórico, trata-se de capturar uma imagem do passado tal como ela, no instante do perigo, configura-se inesperadamente ao sujeito histórico. O perigo ameaça tanto a sobrevivência da tradição quanto os seus destinatários. Para ambos ele é um e o mesmo: entregar-se como ferramenta da classe dominante. Em cada época, deve-se tentar novamente liberar a tradição do conformismo, que está prestes a subjugá-la. Pois o Messias não vem apenas como Redentor, ele vem como o vencedor do Anticristo. Apenas tem o dom de atiçar no passado aquelas centelhas de esperança o historiógrafo atravessado por esta certeza: nem os mortos estarão em segurança se o inimigo vencer. E esse inimigo não tem cessado de vencer.” Márcio Seligmann-Silva