Arquivo De Um Sequestro Jurídico-psiquiátrico: O Caso Juve
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Características principais
Título do livro | Arquivo de um sequestro jurídico-psiquiátrico: o caso Juvenal |
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Série | Coleção Bioética e Saúde |
Autor | Brito, Luciana |
Idioma | Português |
Editora do livro | Fundação Oswaldo Cruz |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2018 |
Marca | Fiocruz |
Outras características
Quantidade de páginas: 124
Altura: 230 mm
Largura: 160 mm
Peso: 200 g
Gênero do livro: Ciências Humanas e Sociais
Subgêneros do livro: Psicologia
Tipo de narração: Manual
ISBN: 9788575415573
Descrição
“Na manhã de 29.05.1968 no Sítio Morada Nova, o acusado desfechou, utilizando uma roçadeira, violentos ferimentos na pessoa de seu próprio irmão”, narrava a denúncia do Ministério Público. O acusado era Juvenal Raimundo de Araújo, talvez Juvenal Raimundo da Silva. Não se sabia ao certo nem o nome dele porque recusava-se a falar, não apresentava documentos civis e era louco. Por ter cometido um ato violento, foi confinado em um manicômio psiquiátrico, sob a justificativa de tratamento, e nunca mais voltou à liberdade. Permaneceu na clausura por 46 anos. Essa não é uma história de ficção. É uma história de injustiça analisada neste livro, que inaugura a coleção Bioética e Saúde. Juvenal foi o homem que mais tempo ficou confinado em um manicômio judiciário no Brasil, abandonado à espera de uma decisão oficial sobre sua experiência, banido do convívio social e do reconhecimento de direitos. Se a Justiça considera 30 anos como pena máxima para prisão, o que aconteceu ali durante todo esse tempo? A autora buscou responder a essa pergunta ao analisar o dossiê de Juvenal, sob a guarda do manicômio judiciário. Ela se debruçou sobre o arquivo para realizar uma análise das práticas discursivas de saber e poder sobre Juvenal. Seu estudo revela o funcionamento “da máquina de abandono que confiscou a existência de Juvenal”.